Rússia: Excesso de 7 milhões de toneladas de cereais injustifica proibição de exportação

As medidas activadas pelo Governo russo de forma a conter o preço dos cereais começam a mostrar resultados.

Em 2010, a escassa colheita de cereais disparou as cotações no mercado russo durante o Outono e Inverno passado, atingindo o recorde de preços em Fevereiro de 2011, apesar da proibição de exportação de c cereais estabelecida desde Agosto de 2010.

Assim, quando a administração russa começou a vender cereais à intervenção, onde tinha armazenado 9,5 milhões de toneladas, fundamentalmente de trigo, a um preço fixo para produtores e moleiros, a pressão nos preços entrou me decadência. Em Maio, os valores praticados para a cevada e o trigo diminuíram cerca de 22 e 28 por cento respectivamente, em comparação com Fevereiro.

Perante este cenário, a proibição de exportação parece injustificada, de acordo com uma informação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). As existências russas seriam mais que suficientes para proporcionar uma ampla rede de segurança. As previsões de produção e consumo para a campanha de comercialização de 2012 indicam um excesso entre 6 e 7 milhões de toneladas, que deveria ir para a exportação, já que com os armazéns cheiros existe o risco de o cereal apodrecer nos campos.

Segundo o USDA, as decisões do governo russo não seguem sempre um alógica económica e, neste caso, movem-se pela pressões do sector da pecuária russa, muito mais poderosos que os próprios agricultores, os quais pretendem que no mercado haja muita oferta para que os preços baixem.

No entanto, e tendo em conta que um dos objectivos da política agrícola russa é o país ser auto-suficiente na produção de carne, da qual ainda são muito dependentes do exterior, sobretudo de carne de aves, cujo principal fornecedor são os Estados Unidos

Fonte: Agrodigital e Confagri

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