Controlo de Insectos e Roedores
Insectos
- como veículo de contaminação através das patas ou do conteúdo intestinal
- pela postura de ovos e consequente desenvolvimento de larvas
- consumindo os alimentos, conspurcam-nos com detritos, inutilizando-os
Pricipais insectos a considerar:
- moscas: os hábitos alimentares das moscas são repugnantes. Alimentam-se, regurgitando sobre sobre os alimentos enzimas estomacais que os vão amolecer e liquefazer, absorvendo-os de seguida através do proboscis. Além disso, pousam sobre alimentos putrefactos, fezes, feridas infectadas, veiculando, através das patas, asas e corpo, microrganismos aos alimentos que vão ser utilizados pelos consumidores.
- baratas: as baratas podem transportar bactérias através das patas, corpo e fezes, até aos alimentos. Durante o dia escondem-se em locais escuros e quentes, sendo activas durante a noite. Os locais onde se abrigam têm um cheiro desagradável a ranço.
O combate aos insectos acenta, fundamentalmente, em medidas preventivas que supõem uma construção à prova de insectos, a colocação de redes milimétricas nas janelas e colocação de molas nas portas. A supressão sistemática das condições do meio circundante que promovam a multiplicação de insectos e atraiam a sua presença, tais como detritos, águas sujas, águas estagnadas, devem ser postos em prática. Levar à prática regras de higiene.
A utilização de insecticidas requer escolha criteriosa dos produtos e do equipamento de aplicação. Devem respeitar-se as prescrições de segurança e impedir o contacto directo destas drogas com os alimentos ou com as superfícies de trabalho. Por se tratar de produtos tóxicos para os consumidores, recomenda-se que a sua aplicação seja feita por pessoas especializadas. Um bom procedimento de controlo de moscas consiste na utilização de insectocutores, colocados nas entradas das fábricas.
Roedores
- transferindo, das fezes humanas, os agentes da desinteria
- através dos excrementos, podem contaminar os alimentos com Salmonella e Leptospira
Além disso, podem ser hospedeiros intermediários de teníases e, se infestados com Trichinella spiralis são um factor de transmissão desta parasitose aos suínos. A luta contra os ratos deve constituir preocupação de primeiro plano; além de depredadores de alimentos, representam um grande risco para a saúde dos consumidores, devido à transmissão de doenças infecto-contagiosas.
A luta contra os roedores faz-se aplicando venenos em iscos. Actualmente, são permitidos três tipos de venenos: anticoagulantes, calciferol e anestésicos.
- os anticoagulantes impedem a coagulação do sangue. Provocam hemorragias aos roedores no nariz, boca, articulações, ou como resultado de pequenas feridas. São derivados da dicumarina (warfarina e difenocoum)
- calciferol (vitamina D) quando consumido em excesso torna-se venenoso para os mamíferos, porque interrompe o metabolismo do cálcio. Nos roedores provoca alterações funcionais do sistema nervoso, fígado, rins e ossos
- os anestésicos provocam o adormecimento dos roedores fora dos ninhos originando a morte por hipotermia
A aplicação de raticidas deve ser feita por equipas especializadas e, de preferência, por empresas credenciadas.